quinta-feira, 22 de outubro de 2009

De alguém que fugia ...



Ela amava incomumente. Ela amava intensamente, ela era intensa. Ela amava o seu destino com tudo que podia, mas fugia dele com tudo que restava. Ela era pequena, franzina, frágil, seu coração mal cabia dentro dela, tamanha pequenez. Ela procurava ser feliz, procurava distração. Ela amava a distração, não tanto quanto o destino. O destino tava longe, e haviam tantas estradas difíceis. Ela sempre fugia perpendicular, por entre as árvores nos arredores, quando ela estava prestes a esquecer do seu destino, ela dava um passo e lá estava outra estrada na direção dele. Ela era obrigada a seguir, não tinha mais opção. Ela não podia voltar, o caminho pra trás era um abismo sem fim, ela não podia. Ela amava o seu destino com tudo que podia, e fugia com tudo que restava. Eram milhares de estradas confusas, meandricas, infinitas, dolorosas até, e todas terminavam graciosamente no mesmo lugar. O destino. Era inútil fugir, ela sabia. Mas ela tentava acreditar que teria outra saída. Ela alternava entre a distração, e o caminho. Por vezes ela achou que tinha se livrado do que lhe era guardado, mas la estava de todo a estrada ladrilhada. Tinham uns atalhos, mas estes eram difíceis, sua pequenez jamais suportaria. Ela amava a distração. Ela amava muitas coisas. E odiava algumas. O destino desprezava sua fragilidade e ainda era duro e cruel com ela. Ela fugia dele. A distração era mais simples. Ela tentava não reparar nas outras que tentavam chegar no seu destino, muito mais fortes e rápidas. Ela não entendia. E entendia, que nenhuma jamais amaria o destino como ela. Mas ela ficava triste por muitas vezes, porque elas chegavam mais rápido que ela ? Ela nunca chegaria ? Ela não entendia. Ela adoraria desistir. Não era possível voltar, apenas ir. No fundo ela sabia que o destino precisava dela tanto ou mais que ela dele. A dificuldade a tornaria forte, e capaz de aguentar o aconteceria quando ela chegasse lá. Alguma recompensa teria. Ela sabia. Ela acreditava. Ela temia. Ela chorava. Nenhuma que chegasse lá, seria como ela. E se ela nunca chegasse, ainda sim, ela seria a mais importante que andou por aquelas estradas. Ela amava o destino com tudo que podia. Fugia. Com tudo que restava. Nunca haveria caminhos diferentes. Apenas distrações.

Hellen Priscila

7 comentários:

  1. muuuuuuuito bom pinxesa, se eu fosse você iria escrever mais trechos nesse estilo... ficou muito bom mesmo, e pareceu demais cmg :)

    (L)

    ResponderExcluir
  2. tu ta mudando o estilo, meio repetitivo agora, parecendo arnaldo

    ResponderExcluir
  3. ''porque elas chegavam mais rápido que ela ? Ela nunca chegaria ? Ela não entendia. Ela adoraria desistir''. Pensou em mim qdo escreveu foi ? HAHA
    No nosso caminho as distraçoes nunca vâo faltar .. cabe a voce disviar-se .. manter foco .
    ameeeeeeeeeeeeeeey prií ,
    vou te seguir ;*

    ResponderExcluir
  4. "Ela amava o seu destino com tudo que podia, e fugia com tudo que restava."

    Gostei muito, Hellen.
    Destino e distrações. Tema muito legal.
    Não sei se acredito muito em destino, mas existem coisas destinadas a acontecer. É complicado.
    Gostei de como ela amava o destino e ao mesmo fugia dele.
    Muito interessante.

    Ah, e valeu mais uma vez pelos comentários.
    :*

    ResponderExcluir
  5. Destino.. será que fugir dele é como correr em círculos?
    Sabe, qd eu leio teus textos parece que tou dentro deles :)
    Esse tá muito muito bom!

    ResponderExcluir
  6. Nossa senhora quanta coisa dhasiushauisadhuhsad
    dá de se confundir todo nesse post, mas é bom porque dá pra ficar imaginando tudo que tem nele, gostei :)

    ResponderExcluir
  7. gostei do teu blog, li os textos, e gostei muito desse.. vc escreve muito bem....
    =]

    ResponderExcluir