sábado, 30 de maio de 2009

Saudade idiota

"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto."
Francis Bacon



Eu sou o bizonho ok.

Esses dias tenho sentido falta de cada um que não está mais no meu cotidiano, cada um que mora longe e que eu não posso correr rapidinho ali na outra rua e da um abraço.É triste.Aceitável - partindo do principio que cada um tem de seguir sua vida; ainda sim eu tenho difilcudade de me ajustar a esse tipo de cenário.Eu sempre fui e sempre vou ser alguém apegada aqueles a minha volta, mas do que deveria até, mas a saudade convive comigo todos os dias a muitos meses, e meus dias estão mesmo diferentes porque eu também preciso cuidar do meu futuro,enfim.

Minha transição de humor tá mais acentuada do que nunca,eu não sei se tem alguma relação,mas eu posso desconfiar que sim.Me irrito fácil, sorriu fácil, choro fácil, ignoro fácil, sofro fácil e como sempre amo fácil.É uma realidade boa e ruim ao mesmo tempo, a saudade faz com que seja melhor cada reencontro, mas faz que seja ruim cada despedida.

Minha chatice e frieza não é algo que eu tenho tanto controle, por isso tenho magoado pessoas de que gosto com mais facilidade do que gostaria, essa é a parte que eu tenho que me adequar sozinha, superar algo dentro de mim mesma é difícil o suficiente pra que eu tenha muita, muita dificuldade. É incrível como eu posso me sentir sozinha rodeada de pessoas, e como quando eu estou sozinha literalmente eu tenho tido mais facilidade pra organizar meus pensamentos e encontrar as falhas, o que não quer dizer que eu saiba como resolver; será mesmo que precisa de resolução? Ou precisa ser assim pro curso natural da vida ?

Nem sempre meu estresse e chatice são culpa da tpm, as vezes sou eu mesma com confusões internas que eu não sou capaz de resolver e transmito dessa forma, incontrolavelmente.

Meu maior temor chama-se: FUTURO.Medo mesmo. Medo de não corresponder as minhas próprias espectativas.Medo de perder aqueles que eu amo.Medo de não realizar cada sonho.Medo de não ser o que eu espero- eu nem sei direito o que eu espero.Medo de não ter dado o melhor de mim.Medo,só medo.

Por fim, toda a saudade, a transição de humor, o medo, a angústia, o estresse, a esperança, a compulsividade, o cansaço, a dor, o tédio, a falta de tempo, a paciência, a falta de paciência, a ignorância, a perseverança.Tudo tem tomado meus dias desmedidamente,é isso que passa na esteira dos meus dias; as vezes um ou outro é ausente, e em outros alguns inéditos são acrescentados.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Escrever, entender, crer, transparecer.

"Escrever nao é uma opção. Escrevo para ser ouvida, para poder falar, para me conhecer, para me perder e me esquecer, e também para me encontrar, porque só o espelho não me reflete. Escrevo para celebrar o novo e também para não esquecer o que é perene. Escrevo para suportar as dores e bendizer as delícias. Escrevo para respeitar, mas me permitindo transgredir, desmedidamente. Escrevo para gritar, e ao mesmo tempo, para calar esse grito. Escrevo porque não caibo em mim, quando ao mesmo tempo me perco aqui dentro. Escrevo porque muitas vezes nem mesmo sei por que escrevo. Escrevo para me sentir, momentaneamente, parte de algo, pois se a vida fosse um magnífico concerto, eu gostaria de me sentir parte da orquestra, e não mais ter essa sensação eterna de estrangeira em qualquer lugar.
Escrevo porque preciso gastar meus caracteres; porque, mesmo entre palavras mal escritas, confusas, perdidas e semanticamamente distorcidas, eu me acho, antes de me perder novamente, e começar tudo de novo, por entre esses verbetes."

Créditos: http://abajurlilas.blogspot.com



Eu escrevo por mim, pra mim, por minha egoísta causa; acabo por transparecer quem sou através de minhas junções confusas e longas, porém completamente sinceras, de frases e palavras.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Hellen Priscila por Hellen Priscila

Eu tenho um costume, ou um complexo – como queira chamar- de me sentir "inferior" (não achei palavra melhor) do que as pessoas, isso é normal em qualquer lugar que eu vá.

Mas eu parei pra pensar um pouco, por poucas vezes, poucas mesmo eu senti equiparada a alguém, e por vezes superior a alguém, e todas as vezes que isso aconteceu quando eu chegava em casa e pensava um pouco eu me sentia pior ainda por ter me sentido melhor que alguém, ou superior que alguém. Dentro da normalidade do meu “complexo” eu me sinto bem na posição que eu me ponho, mas quando eu me sinto de alguma forma superior a alguém é bem pior eu fico como se fosse nada pelo fato de pensar que achei por um segundo ser melhor que alguém. Eu sei que ta confuso, mas eu to tentando entender também !



Eu conclui mais ou menos que meu pseudo-complexo me faz bem em alguns momentos, mas me prejudica em vários. Me faz bem por eu saber meu lugar e que sempre vai ter alguém melhor que eu em o que quer que seja, mas me prejudica porque eu tenho uma grande dificuldade de acreditar no sentimentos de afeto e amor por mim, eu so acredito no da minha mãe mesmo, porque ela não tem escolha; mas o de pessoas "normais" eu não consigo enxergar uma qualidade em mim que desperte o menor afeto que seja. Eu sei que eu sou carente, todo mundo diz isso, mas é essa a explicação(eu acho).

Algumas pessoas já me falaram que eu não devia esperar tanto das pessoas. Olha que paradoxo, ao mesmo tempo em que eu não acredito que alguém pode me amar como eu sou, eu espero das pessoas mais do que elas são capazes. Isso é um paradoxo ou se completa? Enfim, nem eu mesma me entendo. Ainda bem que eu tenho o Yuri, que me entende!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Estante da vida.

Essa semana me ocorreu de ficar sabendo de um casal, um jovem casal a propósito, que tinha perdido uma filha de 2 meses e alguns dias.Ontem os vi na missa e aquela cena não me sai da cabeça desde então, um rapaz que eu conhecia de vista e uma mulher abraçados, participando da missa em pé, estampando no rosto a dor que passava pelo coração de cada um; eu não sou capaz de conhecer a dor de uma mãe, mas eu me senti compadecida daquela mulher e me pus no lugar por um segundo e eu aposto que não senti um milésimo daquela dor. Falaram-me que aquela mesma mulher também havia perdido durante sua vida de 21 ou 22 anos, a avó, dois irmãos e um melhor amigo e ela suportava esse fardo que muitas pessoas não seriam capazes. Eu não seria capaz.

Eu sinceramente desejei dar um abraço naquele casal, que tinha acabado de perder uma princesinha muito linda.
Um amigo me disse: "Isso me fez refletir um pouco sobre minha vida".E eu me vi refletindo imediatamente sobre a minha própria vida e o quanto eu sou fraca diante da vida e também daquela mulher que agüenta um fardo que poucos agüentariam, e que ela devia ser um ser humano incrível por ter tantas marcas na sua história.



Por vezes a reclamamos de coisas tão ínfimas de nossas vidas e nem repara o quanto as pessoas a nossa volta são importantes, o quanto somos capazes , e agora falo por mim mesma, de guardar rancor, de ser ignorantes com as pessoas mais importantes de nossas vidas. Eu bem sei, que isso todo mundo já leu um dia, e que é praticamente impossível evitar esse tipo de coisa no dia a dia, mas em pensar que eu posso me arrepender de gastar um segundo de besteira podendo viver algo bom com alguém, é mesmo de refletir nem que seja por alguns minutos.

Eu imagino o quanto aquela mãe vai pensar em como seria a voz da sua filha, como seria vê-la chamando de mãe, como seria socorrê-la de uma queda, mas eu sei também que ela vai guardar como um troféu na estante de sua vida cada sorriso, cada choro, cada movimento que ela acompanhou e amou até onde lhe foi permitido.
Eu realmente desejo que a estante da minha vida seja cheia desse tipo de troféu e que eu nunca sinta que perdi tempo com alguém, e que nunca seja tarde demais. A vida é mesmo algo muito frágil, e poucas vezes eu paro pra pensar sobre isso.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ciúme não tem idade.

"Os ciumentos não precisam de motivo para ter ciúme. São ciumentos porque são. O ciúme é um monstro que a si mesmo se gera e de si mesmo nasce. "
W.Shakespeare

Não é proposital duas postagens com citações de Shakespeare, é so coincidência; me instiga sem querer apesar do apreço pelo escritor e gênio do séc. XV. Enfim, desta vez eu tenho que concordar com nosso amigo William, o quão é complexo esse cara chamado ciúme; e o quanto pode ser saudável ou mesmo destruidor.
E pensando um pouco o ciúme pode ser reflexo de autoconfiança baixa ou mesmo de afeto, dependendo da dose.O que é mais estranho de tudo é que existem pessoas realmente capazes de matar e morrer em nome do amor e do ciúme, não importando idade ou qualquer outro fator.


O que ele aprendeu nos seus 76 anos?

Veja você como o ciúme pode "enlouquecer" uma pessoa, mesmo que essa pessoa tenha muitos anos de experiência vivida.
Bom, mas há quem diga que um relacionamento sem ciúmes perde o tempero, perde a graça; as vezes é importante uma demonstraçãozinha de ciumes né? Faz bem pro ego.
Eu particularmente sou ciumenta, ciumentinha[haha]. Quem não tem ciumes de amigos, de pertences, de namorado (quem tem essas complicações na vida né);Enfim o ciume faz parte de nossas vidas, fazendo dela mais apimentada ou mais trágica, depende de cada um. A vida é mesmo estranha, com seu cenário, e seus atores ciumentos;ou não.


Espero que esse ciúme não acabe mal.